Você conhece a importância que cada um deles teve para a cultura brasileira?
O escritor Ariano Suassuna foi uma dos maiores defensores da cultura regional brasileira. Em suas obras, o escritor que também era dramaturgo e poeta usava os elementos das tradições nordestinas para construir as suas histórias. Nascido na Paraíba, Suassuna logo foi morar com a família no sertão e teve o pai assassinado por motivos políticos na Revolução de 30, no Rio de Janeiro. Após a fatalidade mudou-se para Recife, onde teve o maior contato com as regionalidades típicas da região.Com apenas 20 anos o autor já escrevia a peça “Uma Mulher Vestida de Sol”, ganhadora do concurso do Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1955 estreou a peça “Auto da Compadecida”, sua obra máxima, considerada pelo crítico teatral Sábato Magaldi como "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Nela, Suassuna conta a história dos amigos João Grilo e Chicó, que andam pelo sertão propagando A Paixão de Cristo.
Rubem Alves foi escritor, educador e teólogo. Seus livros costumavam abordar temas espirituais e existenciais e, além desses, ele também escrevia histórias infantis. O legado do autor envolve não só as obras literárias, mas também diversos artigos e monografias acadêmicas. Sua tese de doutorado “A Teologia da Esperança Humana”, por exemplo, foi a base do movimento teológico hoje chamado de “Teologia da Libertação”.Embora tenha nascido em Minas Gerais, Alves se aposentou e morou na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, onde recebeu os títulos de professor-emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e cidadão-honorário de Campinas, além de ter se tornado membro da Academia Campinense de Letras.
João Ubaldo Ribeiro foi escritor, jornalista, roteirista, professor. O baiano João Ubaldo Ribeiro ainda era formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia e membro da Academia Brasileira de Letras. Suas obras integram o romance moderno brasileiro e revelam aspectos da cultura nacional, como é o caso da premiada “Sargento Getúlio”, na qual narra a história de um sargento da polícia militar do Sergipe usando diversos elementos e figuras da cultura típica do nordeste. A história tinha tantas características típicas que o próprio autor teve que traduzi-la para o inglês. Além dessa, “Viva o povo brasileiro” também recebeu o Prêmio Jabuti e ambas constam na lista dos cem melhores romances brasileiros do século. Diversas de suas obras foram adaptadas para o cinema e a televisão, como “O Sorriso do Lagarto”, apresentada como minissérie na Rede Globo em 1991, “A Casa dos Budas Ditosos” e a própria “Sargento Getúlio”.
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