Petrônio Querino é cidadão recifense!

Em reconhecimento ao “importante papel educacional e profissional” que exerce no Recife, o presidente do Instituto Brasileiro Pró-Cidadania, Petrônio Omar Querino Tavares, recebeu na manhã deste 1º de junho, o título de Cidadão Recifense. O presidente da Câmara Municipal do Recife, vereador Vicente André Gomes, foi o autor do requerimento, dando sequência à proposta original do então vereador e atual deputado federal Raul Jugmann. “Recife está orgulhoso, e eu falo enquanto representante de um Poder, de tê-lo como filho. Esta cidade adotou um filho de grande importância e, para sempre, será reconhecido”, disse Vicente, repassando o discurso de saudação para Jungmann.

A solenidade foi presidida pelo vereador Eduardo Marques (PTB) e, a mesa, formada pela esposa de Petrônio Querino, Rízia Cavalcanti Tavares; pelo filho, Davi Cavalcanti Tavares, também diretor presidente do Instituto Pro-Cidadania; pelo presidente da Câmara Municipal, Vicente André Gomes; deputado federal Raul Jungmann, deputada estadual, Priscila Krause. Estiveram presentes na solenidade diversos representantes de órgãos públicos, a exemplo do secretário das Cidades, Danilo Cabral. Coube a Jungmann entregar o diploma e a medalha com o distintivo de Cidadão Recifense.

Em seu discurso, Jugmann ressaltou a biografia e as qualidades de Petrônio Omar Querino Tavares. Nascido em Angelim, no Agreste Meridional, migrou inicialmente para Salgueiro, onde seu pai o professor Aristheu Tavares Vilela, Inspetor do IBGE, coordenou em todo o sertão o Censo de 1950. Depois, morou em Palmares a partir de 1951. Lá, integrou o Diretório Estudantil. Aprendeu desde cedo os caminhos de atuação junto ao Terceiro Setor, por estar sempre ao lado de sua mãe, Geny Quirino Tavares, criadora do Clube de Mães Vitória Régia e primeira mulher eleita vereadora em 1955, em toda a Zona da Mata Sul de Pernambuco.

Sentindo as limitações financeiras do orçamento familiar, passou a colocar “banco de feira” no dia da feira, para vender açúcar, fubá, arroz, macarrão, sabão, etc. Ao tomar conhecimento de edital de concurso na Secretaria da Fazenda para o cargo de Escrivão de Coletoria, inscreveu-se, passou e nomeados em 62. Perseguido após o golpe de 64, foi transferido de Joaquim Nabuco para Serrita, no Sertão de Pernambuco e em seguida para Ipubí, Águas Belas e Itaíba. De lá, foi transferido para chefiar a Coletoria Estadual de Bom Conselho e, um ano depois, para Garanhuns. De lá, foi nomeado Inspetor Regional da Fazenda, em Arcoverde.

Em 1971 passou a integrar um grupo de profissionais da Sefaz, que foi colocado à disposição da Secretaria de Saúde do Estado, atuando nas áreas financeira, orçamentária e de controle, onde posteriormente assumiu a chefia do Serviço de Auditoria Interna e em seguida nomeado Diretor do Departamento de Administração Financeira. Posteriormente, em 1976, foi nomeado Diretor do Departamento de Administração Financeira de Pessoal da Secretaria de Administração do Estado. Na gestão do prefeito do recife Gustavo Krause foi nomeado Diretor da Diretoria Geral de Limpeza Urbana.

Como fazendário, presidiu a Associação dos Auditores, por dois mandatos (86/90), liderando em 88 a criação do Sindifisco. Em 19 de janeiro de 1995, um grupo de auditores da Secretaria da Fazenda dos estados do Amazonas, Goiânia, Pernambuco, Piauí e Santa Catarina, deliberaram por constituir o Instituto Brasileiro Pró-Cidadania, com Sede Nacional no Recife, tendo como missão contribuir com a construção de uma sociedade mais justa, através de ações e práticas de inclusão e empoderamento social. Aproximadamente 30 mil crianças e adolescentes já participaram das campanhas Atal Feliz e Brincar com Cidadania, em municípios de Alagoas, Paraíba e Pernambuco.

Nesses 20 anos de ininterruptas atividades, conquistou o respeito e admiração em 14 estados brasileiros e no exterior. O Pró-Cidadania se faz presente e atuante em várias instâncias de atendimento às demandas sociais, em ações emergenciais, na discussão e proposição de políticas públicas, participa de vários conselhos e fóruns estaduais e municipais, nas áreas de assistência social, garantia de direitos, segurança alimentar, turismo, resíduos sólidos, recursos hídricos, meio ambiente e educação.

No discurso de agradecimento, Petrônio Querino falou inicialmente de improviso e disse estava feliz com a homenagem. “Desde a  minha militância estudantil, tenho certa facilidade de enfrentar os microfones, mas diante do protocolo e da solenidade, estou um pouco nervoso”. Lembrou que só não se tornou político partidário por causa da mãe, dona Geny Querino Tavares, que foi eleita vereadora em três mandatos na década de 1950. “Não sei por que minha mãe pediu para eu não seguir a carreira político-partidária, mas a de político social”. E fez uma referência especial à esposa, Rizia, com quem está casado há 50 anos; ao filho Davi e à neta Júlia, que ele identifica como uma pessoa com tendências políticas. “Quem sabe, Júlia, um dia você será vereadora da Cidade do Recife”, disse.

A segunda parte do discurso foi formal. Ele leu. Agradeceu a Raul Jungmann pela homenagem, aos presentes, familiares, amigos, e fez um pequeno histórico da criação do Instituto Brasileito Pró-Cidadania.  “Eu precisava fazer esse relato histórico para que pudéssemos tirar algumas conclusões: a primeira, de que a instituição me proporcionou um espaço na sociedade; a segunda, é que não sou a instituição, mas a simbiose que haja, somos uma equipe distribuída em várias localidades, com colaboradores dos mais diversos níveis de qualificação e comprometimento; a terceira, é que não fora a percepção e avaliação política do atua deputado Raul Jugmann, essa comenda poderia vir no futuro, “post mortem”, ou quem sabe, nunca vir a ser conferida”, disse.