terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Câmara do Recife encerra ano legislativo



O presidente da Câmara do Recife, vereador Vicente André Gomes (PSB) encerrou ontem o ano legislativo, que só retornará do recesso em 2 de fevereiro de 2015, facultando a palavra aos líderes dos partidos e dos blocos, em reunião solene. Antes, porém, fez balanço das atividades da Casa no ano de 2014. Ao todo, ele disse que foram aprovados 117 projetos de lei ordinária, 77 decretos legislativos, 19 projetos de resolução, 16 mil requerimentos, além de 124 projetos de lei do Executivo, dos quais 118 foram aprovados, 4 adiados para a próxima legislatura e 2 retirados de pauta.

Câmara do Recife encerra ano legislativoVicente disse ainda que durante este ano a Casa intermediou reuniões com servidores e recebeu líderes dos servidores, incluindo presidentes de sincatos. “Durante este biênio solicitei a meus pares o exercício da democracia e aprendi a respeitar a oposição, que trabalhou com responsabilidade. Congratulo-me com a bancada do governo pelo excelência do trabalho realizado. O resultado de nosso trabalho está expresso pelos números que apresentei. Com o trabalho desempenhado pelas Comissões temáticas não temos materias engarrafadas. Quero me congratular com o servidor mais simples da Casa, e à Imprensa nosso respeito. Aprendi com todos a desenvolver a presidência, que não se aprende em livros, mas na convivência com os pares”.

O primeiro a falar foi o líder do PT, vereador Osmar Ricardo. Ele disse que não havia o que comemorar no ano que se passava. Para ele, o prefeito esqueceu de iluminar a cidade para o Natal, deixando a desejar. “Nas gestões passadas tivemos iluminação pública compatível com a cidade turística que é o Recife. Parece que 2014 foi ano difícil para a Prefeitura e para o Estado. São obras paradas nos habitacionais, nas praças por falta de verba. Vamos levantar todas as obras paradas para fazer balanço em 2015”.

Mas o líder do governo, Vereador Gilberto Alves (PTN) listou os inúmeras obras e conquistas alcançadas em 2014, apesar do ano de crise e desafios impostos. Para ele foi um ano de intenso trabalho, imprimindo mudanças e avanços para a sociedade. Exemplificou com as Upinhas 24 horas entregues à população, síntese do novo modelo de gestão aonde se pratica um novo serviço público, que não pode ser mais improvisado. “O serviço público deve ser capaz de atender bem a todos. As Upinhas têm capacidade para cadastrar 10 mil pessoas”.

Gilberto também falou das cresches-escolas e sedes de escolas entregues este ano, com outro padrão, com área de lazer, laboratório, sala de professores. “Sabemos da ansiedade que este novo padrão cria para que seja de imediato estendido, como gostariamos que fosse. Temos a certeza de que em nenhum momento deixaremos de encarar os problemas do Recife com seriedade e humildade para reconhecer erros, mas sempre com disposição para o dialogo”.

Alémde listar as inúmeras obras realizads e entregues à populaçõa, o líder do governo pediu licença aos colegas para lembrar o ex-governador Eduardo Campos. Disse que no inicio da legislatura pontuou que tinhámos um governador nascido, criado, talhado e amadurecido na política pernambucana, com chances reais der ser presidente da República. “Quando disse essas palavras jamais imaginei, nem no mais obscuro dos sonhos que estariamos sem Eduardo, cuja passagem se deu de forma trágica, abrupta, inexplicável. Perdemos um líder, um quadro político de expressão nacional e para muitos um  amigo querido. Mas é por ele que renovamos nossa confiança”. Rogério de Lucca (PSL) agradeceu aos pares a convivência e trabalho realizado, representando o bloco formado pelo PSL, PTdoB, PRTB e PRB. Desejou a todos feliz natal e ótimo ano novo.

Já o vereador André Régis (PSDB), representando a oposição, disse que 2014 não entrou para a história da cidade e que foi possível perceber a perda de força da atual gestão que chegou com intensidade maior e perdeu força, quem sabe pela retaliação federal, falta de recursos ou da própria gestão. Pare ele, não houve mudanças significativas na saúde, na mobilidade, cujos congestionamentos atingem cerca de 60% da cidade. Ele propôs a ampliação do metrô, como forma de resolver problemas, especialmente da zona norte. Ele disse que é preciso a PCR junto com governo do Estado invistir no transporte público com o governo federal. André Régis lembrou que propôs um pacto pela educação na tentativa de aumentar o Ideb de 4.1 para 6 no ensino fundamental 1, e não recebeu resposta. “Renovo a proposta de pacto pela educação através de Parcerias  Público Privadas, e também propôs a Lei de Responsabilidade da Educação”.


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