O
presidente da Câmara do Recife, vereador Vicente André Gomes (PSB) encerrou
ontem o ano legislativo, que só retornará do recesso em 2 de fevereiro de 2015,
facultando a palavra aos líderes dos partidos e dos blocos, em reunião solene.
Antes, porém, fez balanço das atividades da Casa no ano de 2014. Ao todo, ele
disse que foram aprovados 117 projetos de lei ordinária, 77 decretos
legislativos, 19 projetos de resolução, 16 mil requerimentos, além de 124
projetos de lei do Executivo, dos quais 118 foram aprovados, 4 adiados para a
próxima legislatura e 2 retirados de pauta.
Vicente disse ainda que durante
este ano a Casa intermediou reuniões com servidores e recebeu líderes dos
servidores, incluindo presidentes de sincatos. “Durante este biênio solicitei a
meus pares o exercício da democracia e aprendi a respeitar a oposição, que
trabalhou com responsabilidade. Congratulo-me com a bancada do governo pelo
excelência do trabalho realizado. O resultado de nosso trabalho está expresso
pelos números que apresentei. Com o trabalho desempenhado pelas Comissões
temáticas não temos materias engarrafadas. Quero me congratular com o servidor
mais simples da Casa, e à Imprensa nosso respeito. Aprendi com todos a
desenvolver a presidência, que não se aprende em livros, mas na convivência com
os pares”.
O primeiro a falar foi o líder do
PT, vereador Osmar Ricardo. Ele disse que não havia o que comemorar no ano que
se passava. Para ele, o prefeito esqueceu de iluminar a cidade para o Natal,
deixando a desejar. “Nas gestões passadas tivemos iluminação pública compatível
com a cidade turística que é o Recife. Parece que 2014 foi ano difícil para a
Prefeitura e para o Estado. São obras paradas nos habitacionais, nas praças por
falta de verba. Vamos levantar todas as obras paradas para fazer balanço em
2015”.
Mas o líder do governo, Vereador
Gilberto Alves (PTN) listou os inúmeras obras e conquistas alcançadas em 2014,
apesar do ano de crise e desafios impostos. Para ele foi um ano de intenso
trabalho, imprimindo mudanças e avanços para a sociedade. Exemplificou com as
Upinhas 24 horas entregues à população, síntese do novo modelo de gestão aonde
se pratica um novo serviço público, que não pode ser mais improvisado. “O
serviço público deve ser capaz de atender bem a todos. As Upinhas têm
capacidade para cadastrar 10 mil pessoas”.
Gilberto também falou das
cresches-escolas e sedes de escolas entregues este ano, com outro padrão, com
área de lazer, laboratório, sala de professores. “Sabemos da ansiedade que este
novo padrão cria para que seja de imediato estendido, como gostariamos que
fosse. Temos a certeza de que em nenhum momento deixaremos de encarar os
problemas do Recife com seriedade e humildade para reconhecer erros, mas sempre
com disposição para o dialogo”.
Alémde listar as inúmeras obras
realizads e entregues à populaçõa, o líder do governo pediu licença aos colegas
para lembrar o ex-governador Eduardo Campos. Disse que no inicio da legislatura
pontuou que tinhámos um governador nascido, criado, talhado e amadurecido na
política pernambucana, com chances reais der ser presidente da República. “Quando
disse essas palavras jamais imaginei, nem no mais obscuro dos sonhos que
estariamos sem Eduardo, cuja passagem se deu de forma trágica, abrupta,
inexplicável. Perdemos um líder, um quadro político de expressão nacional e
para muitos um amigo querido. Mas é por ele que renovamos nossa
confiança”. Rogério de Lucca (PSL) agradeceu aos pares a convivência e trabalho
realizado, representando o bloco formado pelo PSL, PTdoB, PRTB e PRB. Desejou a
todos feliz natal e ótimo ano novo.
Já o vereador André Régis (PSDB),
representando a oposição, disse que 2014 não entrou para a história da cidade e
que foi possível perceber a perda de força da atual gestão que chegou com
intensidade maior e perdeu força, quem sabe pela retaliação federal, falta de
recursos ou da própria gestão. Pare ele, não houve mudanças significativas na
saúde, na mobilidade, cujos congestionamentos atingem cerca de 60% da cidade.
Ele propôs a ampliação do metrô, como forma de resolver problemas,
especialmente da zona norte. Ele disse que é preciso a PCR junto com governo do
Estado invistir no transporte público com o governo federal. André Régis
lembrou que propôs um pacto pela educação na tentativa de aumentar o Ideb de
4.1 para 6 no ensino fundamental 1, e não recebeu resposta. “Renovo a proposta
de pacto pela educação através de Parcerias Público Privadas, e também
propôs a Lei de Responsabilidade da Educação”.
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