Lágrimas, sorrisos, elogios e metade do PIB econômico, político e social de Pernambuco ocuparam todos os espaços do Plenário da Câmara do Recife para homenagear um dos sobrenomes mais conhecidos do Recife, de Pernambuco e do país. Ex-governador, ex-prefeito e ex-vereador do Recife, ex-ministro de Fazenda e do Meio Ambiente. E o melhor, pai de Priscila Krause, uma das vereadoras mais atuantes na Câmara do Recife. Nesse clima, Gustavo Krause foi agraciado na tarde desta quarta-feira 03, com a Medalha de Mérito José Mariano, a mais alta comenda do legislativo, concedida pelo presidente da Casa, vereador Vicente André Gomes (PSB).
Dono de um curriculum invejável dispensa maiores apresentações. Para Vicente André Gomes falar de Gustavo Krause “é entender a inquietude do intelectual, a atuação do profissional e a aguerrida vida do homem público”. Vicente, ao justificar a homenagem, lembrou que o pai dele, vereador Moacir André Gomes, quando vivo, deixou anotado pedido para que alguns ilustres pernambucanos fossem homenageados e entre estes estava Gustavo Krause. Fez melhor entregou cópia do pedido. “Que orgulho tem esta Casa em ter a filha dele, Priscila Krause, um talento imensurável, que a gente situação, e ela oposição, respeita”.
Depois quebrou o protocolo e pediu aos colegas parlamentares que falassem sobre o homenageado. O primeiro foi o vereador Raul Jungmann (PPS), agradeceu a honra, e disse que falar de Gustavo é falar do Galo da Madrugada, do menino peladeiro, do homem público. “Interessa-me falar desse último que no auge da carreira política se afastou, deixando perplexidade. Talvez tenha sido pela conivência com a República que a cada dia se desfaz, ou talvez, para ser fiel a si mesmo. Deu-nos Priscila que a ele sucede e representa uma esperança”.
Em seguida foi a vez de Aerto Luna (PRP)> Ele lembrou dos tempos em que Gustavo e o pai dele eram vereadores e tanto fizeram pelos taxistas. “Deixou o governo e veio para esta Casa. Poucos teriam essa hombridade. Quanta honradez”. André Régis (PSDB) ressaltou que a Casa fechava o ano em alto nível. “Recordo-me das vezes em que lhe encontrei e sai maior do que era. Tenho afinidade consigo porque o senhor preza a democracia e a decência publica”.
Vicente ressaltou que uma de suas maiores marcas quando prefeito do Recife foi a fixação dos chamados barracões da prefeitura nas áreas pobres da cidade. Eles funcionavam como verdadeiros centros de atendimento social, na própria comunidade. “Uma visão futurista e empreendedora do administrador público, comprometido com as classes mais necessitadas”. Ele é advogado, nasceu em Vitória de Santo Antão, especialista em Direito Tributário e consultor de empresas. É titular de Legislação Tributária na Universidade Católica, foi bolsista na OEA no curso Interamericano sobre Técnicas Tributárias, em Buenos Aires. Presta serviços à AACD. Sua atividade profissional se confunde com sua atuação política desde que foi indicado, em 1975, secretário de Fazenda do Estado. E depois não parou mais até hoje.
Gustavo disse que rever a todos era a maior recompensa desta tarde. “Essa homenagem é um teste para cardíacos. É um dia de reencontro com a emoção, alegria, gratidão a Deus e amigos presentes e ausentes. Nesta Casa vivi momentos inesquecíveis. Tenho fascínio pelo poder municipal, o mais humanizado da república federativa onde tudo se vê e se ouve. Para quem vive o município, como vivi , o mundo é a casa, a rua, o bairro, a cidade, o país, e o tempo é agora. “É o mais singular dos poderes. Aqui pude compreender a verdade sobre o parlamento, esse poder colegiado, o autêntico poder democrático”.
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